Sinto a tua falta

Ph: Orlando
Sinto a tua falta. É visceral. Sinto a falta da tua alma na minha, das conversas, da sintonia constante. Tenho saudades dos devaneios, da cumplicidade, da conexão quase imediata.
Eras a minha pessoa, a minha metade, a peça perfeita para o meu puzzle. E eu não vi. Ou melhor, eu vi, mas não senti. Bloqueio emocional. Bloqueio futil. Quis-te tanto, podias ser tudo e de tanto nos queremos, nos perdemos. 
Tentaste ser tudo, e eu quis mais, como sempre quero, como sempre quis… A questão é que eras já tanto, eras já tão mais do que eu podia suportar, eras eu, a outra versão de mim. A inocência, a sensibilidade, o genuíno, o incondicional. Amei a forma que me amaste, e amei o que me fizeste, o que me tornaste. Ousaste dar-me espaço para voar e eu não soube lidar com a imensidão de espaço que me deste. Quis ser tudo, quis ter tudo, e quando quis voltar a ser simples, como um dia havia sido, apercebi-me que já não sei sê-lo… 
E todas estas palavras que escrevo escondida, e todos estes sentimentos que tento ignorar, só me apetece gritá-los, só me apetece gritar-tos, pedir-te que esperes, que não desistas, que não deixes de me amar porque eu ainda estou aqui. 

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