The truth about love

There's a bunch of things we choose to do in our life. You choose what you want to do when you grow up, you choose who you want to be, you choose your friends. But there's one thing you can't choose, you can't choose who you are going to love.
I've been wondering about this, asking myself if you can answer why you love someone, and sometimes you do. You can rationally visualize what makes someone lovable, but you don't really have a say in it. Or you love, or you don't. You can't force yourself to love someone, you can try, you can see a lot of qualities in a person, you can say "that person is so right for me", but it isn't true unless you really feel it. And when it comes to choose... there's not really a choice, because the truth about love is that is a savage piece of feeling that rushes through your soul and overcomes every bit of your own free will.
You either love, or you don't.

Caixinha

Dou por mim a cair na mesma asneira em que toda a gente cai, dou por mim a querer pegar em ti e enfiar-te numa caixinha, numa caixinha minha, e não te deixar sair. Dou por mim a pensar "se deres demasiado espaço ele vai fugir" e dou por mim a entrar em pânico.
A verdade é que não há nada que possamos fazer para prender alguém, a realidade é que se alguém for embora porque demos demasiado espaço, porque a deixámos demasiado livre, é porque ela já ia embora de uma maneira ou de outra. Não podemos ficar descansados que ninguém nos vai deixar se não lhes dermos espaço para o fazerem, se quiserem. Quem fica, quem vai e volta é porque quer mesmo. Quem fica por obrigação ou quem fica porque não conhece o mundo pode não querer realmente ficar, pode apenas não ver outra opção, pode apenas não ter tido oportunidade de ir embora.
Gosto de pensar que quem está na minha vida está porque quer, porque precisa, porque gosta, e conforta-me a alma pensar que quem foi ou for embora está melhor longe. Só faz sentido se fizer de facto sentido, não faz sentido só porque sim.
Por isso se tiveres que ir embora, se vires noutro lado uma caixinha mais gira que a minha, se de repente eu já não fizer sentido... Não há nada que possa fazer, eventualmente irias sentir essa necessidade, eventualmente alguma coisa iria te puxar para fora do meu casulo, eventualmente deixaria de fazer sentido para ti. Assim ao menos terei certeza que se ficares, se fores e voltares, é porque aqui sentes de facto que é o sítio onde tudo faz sentido. Porque quero-te se quiseres, porque desejo que fiques se for isso que te faz bem, porque se tiveres que ir embora vou arranjar maneira de lidar com isso, talvez praguejar ao Universo por te ter posto no meu caminho, mas vou aceitar (terei que aceitar). Até lá não te vou cortar as asas, ficas tão melhor no teu estado natural, livre para voar, para partir e voltar.