Confusão infinita

Estou cansada de mim. Estou cansada da confusão que sou. Estou cansada da insatisfação crónica, do egoísmo, da fraqueza. Estou cansada de não saber ser feliz, de não saber aproveitar o que a vida volta e meia me oferece. Estou cansada da necessidade que tenho de viver no limite emocional. Aquela linha imaginária, embora bem real, que separa a lucidez da confusão, a certeza da dúvida, o correto do incorrecto. Dou por mim a repetir os mesmos erros uma vez e outra vez. Confio cegamente nas certezas que já sei que me vão trair, e acabo nos braços da dúvida e da nostalgia, as minhas duas melhores amigas e as minhas piores inimigas.
E canso-me. Não suporto mais os erros consecutivos, as questões infinitas, a incerteza e a inconstância que há já muito se apoderaram de mim. Preciso de paz emocional, e quando a guerra vem de dentro de nós não há paz à volta que nos valha. O furacão está cá dentro e insiste em destruir tudo à sua volta, começando por mim.

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