Diz-me que ainda estás aí...

Diz-me que ainda aí estás. Diz-me que não fiquei aqui sozinha, neste limbo, neste espaço silencioso e escuro em que nos coloquei. Diz-me que ainda estás aí.
Diz-me que não foi uma ilusão. Diz-me que ainda sonhas com o nosso reencontro. Diz-me que ainda achas que vamos ficar juntos um dia. Diz-me que ainda me achas a tua alma gêmea. Diz-me que sou para ti tanto como és para mim. Diz-me que não foi uma ilusão.
Tenho vontade de te ligar, de falar contigo e te dizer tudo o que me vai na alma, mas sem ninguém saber, sem tu saberes, sem eu saber. Tenho vontade de te dizer que ainda aqui estou, que sonho contigo mais noites do que devia, que penso em ti quando falam em amor eterno, que me fazes falta. Queria poder dizer-te que ainda és o mesmo que era, que não há comparação possível, que venha quem vier não há ninguém com quem a minha alma combine melhor do que com a tua.
No entanto, não quero dizer-te. Não quero que se torne real, tenho medo do que um dia possa acontecer se passar demasiado tempo, se tiver sido tudo uma ilusão, se eu tiver deitado tudo a perder.
Será que acredito em destino? Racionalmente diria que não, mas no meu intimo acabo sempre a orar ao universo que seja só uma fase, que encontremos de volta o caminho um para o outro, que tudo passe… 
Sinto a tua falta como nunca senti de ninguém, das conversas, dos momentos, e agora vejo o quanto desperdicei ao teu lado. Podiam ter sido tantas mais as conversas, tantos mais os momentos…
Diz-me que ainda estás aí. Diz-me que não fiquei aqui sozinha. Diz-me que ainda sou para ti tudo o que és para mim. Diz-me… 

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